Um time feminino da Polícia Civil de São Paulo participa pela primeira vez do Campeonato Swat Dubai Challenge, que avalia as ações táticas, de precisão e trabalho em equipe de polícias de pelo menos 48 países. Cinco investigadoras e uma escrivã foram selecionadas para a competição e chegam em Dubai nesta segunda-feira (27).
A equipe paulista é composta por policiais que têm experiência no serviço tático e pertencem a divisões como o Grupo de Operações Especiais (GOE), Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e outros. A maioria das participantes atua na região metropolitana de São Paulo.
Para a investigadora Elaine Rufino, representar a Polícia Civil do estado paulista em Dubai é "uma oportunidade única de vida". "Finalmente, depois de tanto treinamento, superação de obstáculos e os avanços que tivemos nos tiros e nosso físico, vamos chegar a cereja do bolo, que é de fato colocar tudo isso em prática, de mostrar nosso potencial", contou.
Ela sempre se interessou em participar de torneios deste tipo desde que soube sobre o Swat Round-up, que acontece nos Estados Unidos. "Quando estava na Academia de Polícia conheci policiais que tinham participado dessa competição e passei a admirar. Para a minha surpresa, fui trabalhar no GOE de São Bernardo do Campo, que tinha histórico de ir ao Swat Round-Up. Fiquei animada, mas nem cogitei a possibilidade de ir porque, na época, era uma competição masculina."
Agora, oito anos depois, Elaine vai competir no Swat Dubai Challenge que, para ela, é um marco na carreira. Além disso, o time é liderado pela investigadora Carla Regina Nastri, que foi a primeira mulher a ingressar em um grupo tático da Polícia Civil, o Garra.
"É uma satisfação muito grande ter ela como líder, além de todas as outras meninas que são extremamente comprometidas. Sabe aquela sensação de estar no meio de grandes mulheres?", mencionou a investigadora empolgada.
Agência SP