
São Paulo enfrenta um aumento significativo de casos de dengue em 2025, com 29.604 casos e seis óbitos confirmados até o momento. Trinta e um municípios já decretaram estado de emergência.
A preocupação com o aumento de casos graves se intensifica devido à expansão do sorotipo 3, que retorna ao país após décadas de ausência. Segundo o secretário de Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, "Vamos ter um grande desafio neste ano" em lidar com a situação.
"Vamos ter um grande desafio neste ano." concluiu Eleuses Paiva, secretário de Saúde de São Paulo.
A situação é agravada pelo fato de que a dengue pode ser contraída até quatro vezes, pois a imunidade é específica para cada sorotipo (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Uma reinfecção com um sorotipo diferente pode levar a uma resposta imunológica exacerbada, aumentando o risco de casos graves.
"É isso que nos angustia. Portanto, talvez neste ano nós tenhamos mais casos de dengue grave. Por isso o manejo clínico é extremamente importante." alertou Paiva.
A diretora da Coordenadoria de Controle de Doenças de São Paulo, Regiane de Paula, confirmou o ressurgimento rápido do sorotipo 3 em 2024, iniciando no noroeste paulista e se espalhando para a região metropolitana de São Paulo. Apesar da gravidade da situação, a proporção de infecções causadas pelo DENV-3 ainda não foi quantificada.
Apesar do início da produção da vacina contra dengue pelo Instituto Butantan, com expectativa de 1 milhão de doses em 2025 e mais 100 milhões nos próximos três anos, o imunizante ainda não possui registro na Anvisa. A vacina Qdenga da Takeda tem produção limitada e distribuição restrita pelo SUS, descartando uma vacinação em massa em 2025.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou o repasse de R$ 228 milhões aos municípios para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti incluindo a conscientização sobre a eliminação de criadouros e o uso de inseticidas.
O combate à dengue em São Paulo continuará focando nas medidas tradicionais de prevenção, uma vez que a vacinação em massa não é esperada para este ano. A situação exige atenção e ações imediatas para evitar um cenário ainda pior.
*Reportagem produzida com auxílio de IA