
Uma das agendas mais importantes deste ano de 2025, sem dúvida nenhuma será a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – COP 30, o evento que acontecerá em novembro na cidade de Belém, tem a pretensão de discutir as mudanças climáticas no mundo, buscando tirar-nos da atual situação de aquecimento global e das consequências no cotidiano.
A capital paraense vive a realidade de um grande canteiro de obras que busca cumprir os prazos de expansão da rede hoteleira, mobilidade urbana, saúde, segurança dentre tantos outros como a especulação imobiliária. Nesta semana o governador Elder Barbalho recebeu a equipe de inspeção internacional para a constatação da realidade das obras estruturais.
Há uma complexidade em torno da COP 30 que vai muito além das construções e o reordenamento da cidade, que enche os olhos, atrai milhares de pessoas, movimenta a economia local e pauta a capital na mídia mundial. Falo sobre a realidade climática internacional e o papel do Brasil nesse acordo. Com a afirmação que o ano passado foi o mais quente desde o início das medições, em meados do século 19, o aumento da temperatura da Terra ultrapassou o limite considerado seguro para a vida.
O centro da América do Sul ficou mais quente em 2024, ocasionando um desequilíbrio ainda maior no Brasil. A seca extrema na Amazônia facilitou a propagação de incêndios, que atingiram extensas áreas de florestas em pé, já fragilizadas pelo desmatamento e pela falta de chuvas desde 2023.
Não consigo entender como as autoridades do governo, a classe política em geral e empresários não demonstram ter percebido que a emergência climática é real. Os especialistas da área falam em "colapso climático", se a floresta morrer, o planeta vai morrer. Portanto, o primeiro e importante questionamento de todos os interessados nessa agenda deveria ser: o que fazer para impedir que a COP 30 seja mais uma reunião internacional fracassada?
A falta de coerência nas ações de governo é perceptível para quem quer realmente enxergar o problema climático no Brasil. Ministérios e secretarias deveriam agir de forma estratégica, alinhados e coordenados, visando sempre o crescimento do país com o mínimo de impacto no meio ambiente, possível.
Há uma falta de compromisso com a continuidade da vida no planeta. Agronegócios, indústria, comércio, todos sofrerão com a baixa quantidade de chuvas, queimadas, baixa navegabilidade dos rios, péssima qualidade do ar. Mas, de quem deve partir as ações estabelecidas para o mundo?
Os acordos internacionais geram leis internacionais sobre o assunto, mas, parecem não existir. Posso te responder essa pergunta! Cabe a todos nós fazer algo de relevância nesse aspecto. Prefeituras, governos estaduais e federal têm a obrigação de protagonizar as iniciativas. Mas, isso dá trabalho. Negociar, esclarecer, pesquisar, ouvir, planejar, fiscalizar, estruturar, dá muito trabalho e estamos vivenciando o engano do mais do mesmo.
Uma certeza todos os especialistas têm, essa conta já chegou e se não nos unirmos e pararmos com as firulas e pirotecnias para entreter pessoas e os meios de comunicação, os dias da raça humana na face da Terra estão contados.
No que depender de mim, continuarei firme com Fé e Foco na Missão de tornarmos o Brasil e o Amazonas um lugar de pessoas felizes.
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Sobre o Dan Câmara
Deputado Estadual, Presidente da Comissão de Segurança Pública, Justiça e Defesa Social na ALEAM, Presidente da Comissão de Justiça e Segurança Pública da UNALE, Cofundador da Força Nacional de Segurança especialista em Planejamento Estratégico, Presidente de honra do Clube militar dos veteranos.