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Câmara dos Deputados

Projeto autoriza reposição de profissionais na assistência social fora do limite de gastos com pessoal


Vinicius Loures/Câmara dos Deputados Deputado Lincoln Portela, autor do projeto

O Projeto de Lei Complementar 186/24 permite a reposição de servidores e funcionĂĄrios na ĂĄrea da assistĂȘncia social mesmo quando os limites de gastos com pessoal forem ultrapassados. A Câmara dos Deputados analisa a proposta, que altera a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O projeto inclui a assistĂȘncia social no rol de exceções que permitem a reposição de pessoal em caso de aposentadoria ou falecimento de servidores, como jĂĄ ocorre nas ĂĄreas de educação, saĂșde e segurança pĂșblica.

Atualmente, a LRF estabelece que a despesa total com pessoal de cada ente da federação não pode exceder os seguintes percentuais da
receita corrente lĂ­quida (RCL): governo federal, 50%; estados e municĂ­pios, 60%.

Sempre que a despesa total com pessoal ultrapassa 95% desses limites, os governos ficam automaticamente proibidos de fazer alguns tipos de gastos, como conceder vantagens, aumentos ou reajustes, criar cargos, empregos ou funções e dar posse em cargos pĂșblicos.

Como exceções, no entanto, figuram a reposição de servidores nas ĂĄreas de educação, saĂșde e segurança pĂșblica. Pelo projeto, a assistĂȘncia social também serĂĄ incluĂ­da nessa exceção.

Autor do projeto, o deputado Lincoln Portela (PL-MG) cita dados da Confederação Nacional de MunicĂ­pios (CNM) para afirmar que, em 2023, 47% dos municĂ­pios brasileiros estavam nos limites de alerta, prudencial e mĂĄximo da RCL em gastos de pessoal, com 14% deles gastando mais de 54% da RCL com pessoal.

"A assistĂȘncia social tem sofrido limitações de equipes. E a consequĂȘncia da falta de pessoal qualificado e permanente é o comprometimento do atendimento ao pĂșblico. A principal ferramenta de trabalho da polĂ­tica pĂșblica é o recurso humano, os profissionais assistentes sociais, psicólogos, orientadores sociais, advogados e cuidadores que atendem diretamente as pessoas pobres e vulnerĂĄveis", diz o autor.

Próximas etapas
A proposta serĂĄ analisada pelas comissões de PrevidĂȘncia, AssistĂȘncia Social, Infância, AdolescĂȘncia e FamĂ­lia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirĂĄ para anĂĄlise pelo PlenĂĄrio. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

AgĂȘncia Câmara NotĂ­cias

assistência social limite de gastos deputado Lincoln Portela

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