
O uso de medicamentos como Ozempic e Mounjaro para emagrecimento tem ganhado destaque, com celebridades como Jojo Todynho e Luiza Possi relatando sucesso em seus processos de perda de peso. No entanto, especialistas alertam para os riscos da banalização desses medicamentos, enfatizando a necessidade de acompanhamento médico e de uma abordagem global que inclua mudanças no estilo de vida.
O médico nutrólogo Ronan Araujo destaca que, embora eficazes, esses medicamentos devem ser parte de uma estratégia abrangente. A obesidade é uma doença crônica que exige tratamento contínuo e disciplina para evitar o efeito sanfona, segundo o especialista. Ele aponta que a combinação de medicamentos modernos, como o Mounjaro, com uma rotina saudável pode proteger contra o reganho de peso e evitar complicações de saúde associadas.
Ainda segundo Araujo, para um emagrecimento rápido, saudável e sustentável, é fundamental modular inflamação, oxidação, metabolismo e, muitas vezes, lutar contra predisposições genéticas. A declaração do médico nutrólogo reforça a complexidade do emagrecimento e a necessidade de uma abordagem personalizada.
"Embora esses medicamentos sejam eficazes, devem fazer parte de uma abordagem global, que inclui mudanças sustentáveis no estilo de vida sob orientação médica rigorosa." reforçou o especialista.
Um dos medicamentos mais aguardados no Brasil é o Mounjaro (tirzepatida), que se destaca pela eficácia superior à semaglutida (como Ozempic e Wegovy). O atraso na chegada da medicação ao Brasil tem levado muitos pacientes a adiarem o início do tratamento, o que, segundo Ronan Araujo, pode resultar no agravamento de doenças relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2 e hipertensão.
O laboratório Lilly, fabricante do Mounjaro, anunciou que o medicamento provavelmente chegará ao Brasil em junho, porém já realizou outros anúncios semelhantes e sempre adiou a chegada, visto a grande demanda internacional, dando preferência a mercados maiores. Mesmo sem previsão de chegada oficial, alguns pacientes já têm acesso à tirzepatida manipulada, aprovada pela Anvisa para uso supervisionado em clínicas especializadas, como contou o médico.
"O laboratório Lilly, fabricante do Mounjaro, anunciou que o medicamento provavelmente chegará ao Brasil em junho... Esse adiamento pode levar ao agravamento de diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e outros transtornos metabólicos que poderiam ser evitados com tratamento precoce" observou o Dr. Ronan.
Wesley Safadão, por exemplo, emagreceu 3 kg usando a medicação Mounjaro, mas enfrentou desafios como queda de apetite e indisposição. Para evitar a dependência de tratamentos farmacológicos e garantir resultados a longo prazo, o médico reforça a importância de estratégias multidisciplinares, como acompanhamento nutricional, atividade física regular e suporte psicológico.
Apesar de ser uma alternativa poderosa para o controle do peso e evitar a obesidade, o uso das canetas emagrecedoras exige responsabilidade e orientação profissional. Para aqueles que buscam resultados duradouros, é preciso investir em um plano que contenha também mudanças no estilo de vida e no cuidado com a saúde mental.
Fonte: portalleodias