
A imposição de tarifas sobre importações de automóveis e autopeças pelo presidente Donaldo Trump gerou forte reação nos mercados globais, especialmente no setor de Bitcoin. A medida, que eleva a tarifa para 25%, tem potencial para desencadear uma guerra comercial em larga escala, com graves consequências para a economia mundial.
Após uma conversa com o primeiro-ministro do Canadá, Trump sinalizou que manterá as tarifas, o que intensificou as preocupações dos investidores. Em resposta, o Canadá planeja impor tarifas retaliatórias sobre produtos americanos, agravando ainda mais o cenário de incerteza.
O mercado de opções de Bitcoin reflete o crescente pessimismo. O aumento do custo do "risk-reversal" e a forte preferência por opções de venda indicam que os traders estão se preparando para uma possível queda no preço da criptomoeda.
"O ouro à vista disparou para uma máxima histórica acima de US$ 3.080, sinalizando uma aversão mais ampla ao risco, enquanto o viés de puts do Bitcoin atingiu máximas intermediárias em relação às calls, com traders totalmente posicionados para um cenário de baixa no curto prazo" disse Augustine Fan, sócio da SignalPlus.
Apesar de vitórias comerciais anteriores de Trump terem impulsionado o Bitcoin a uma máxima histórica em janeiro, suas políticas comerciais atuais, especialmente com aliados próximos como Canadá e México, resultaram em uma correção superior a 20% na criptomoeda.
O mercado acompanha com atenção os desdobramentos das políticas de Trump, que podem desestabilizar ainda mais os mercados financeiros. A imposição de tarifas e a ameaça de uma guerra comercial geram apreensão e incerteza entre os investidores, que buscam refúgio em ativos mais seguros, como o ouro.
"Essas tarifas podem provocar retaliações, escalando as tensões não apenas com os EUA, mas também entre outros parceiros comerciais globais", alertou Samer Hasn, analista sênior de mercado da XS.com.
O governo Lula observa atentamente, buscando alternativas para proteger a economia brasileira em face das turbulências globais.
Fonte: infomoney