Guido Mantega, figura central nos governos de Lula e Dilma Rousseff como Ministro da Fazenda entre 2006 e 2015, foi alvo de um processo oriundo da Operação Zelotes. A acusação era de que ele teria usado sua influência para manipular julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), buscando favorecer a empresa Cimentos Penha em uma disputa que envolvia R$ 57,7 milhões.
O caso, que se arrastava na Justiça Federal de Brasília, teve um desfecho recente: a ação foi arquivada. O motivo? A prescrição da pena. Em outras palavras, o tempo máximo para que Mantega fosse punido pelo suposto crime expirou, impedindo que a Justiça prosseguisse com o processo.
A Operação Zelotes, que investigou diversas fraudes e irregularidades no Carf, mirou em Mantega sob a suspeita de que ele teria atuado nos bastidores para beneficiar empresas em troca de vantagens indevidas. A acusação contra o ex-ministro era grave, e sua eventual condenação poderia ter tido um impacto significativo em sua trajetória política e pessoal.
O arquivamento do caso, no entanto, não significa que Mantega seja considerado inocente. Apenas indica que, devido ao tempo decorrido, a Justiça não pode mais puni-lo pelo suposto crime. A decisão levanta questionamentos sobre a morosidade do sistema judicial brasileiro em alguns casos, enquanto outros tem maior celeridade e a dificuldade de punir crimes de corrupção, especialmente aqueles envolvendo figuras políticas de alto escalão.
Enquanto isso, o ex-ministro Mantega, que sempre negou as acusações, pode respirar aliviado. Livre do processo, ele pode se concentrar em outras atividades e projetos, sem o peso da Justiça sobre seus ombros.
Fonte: revistaoeste
