
Uma operação conjunta da Marinha e da Polícia Judiciária de Portugal interceptou um narcossubmarino carregado com 6,5 toneladas de cocaína. A embarcação foi localizada a cerca de 920 quilômetros dos Açores, evidenciando a audácia das rotas de tráfico internacional.
A tripulação, composta por três brasileiros, um colombiano e um espanhol, demonstra o caráter transnacional da operação. O submarino, que partiu do litoral brasileiro, tinha como destino a costa da Península Ibérica, um ponto estratégico para a distribuição da droga na Europa.
O esquema envolvia a utilização de submarinos para se aproximarem da costa, onde lanchas rápidas fariam o transporte final da droga para o continente. Essa tática demonstra um alto nível de planejamento e coordenação por parte das organizações criminosas envolvidas.
"Esses submarinos se aproximam da costa apenas o suficiente para serem abordados por lanchas rápidas. Depois disso, esses veículos mais velozes transportam a cocaína para o continente." explicou Luís Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária portuguesa.
A operação teve início após informações cruciais fornecidas pelo Centro de Análise e Operações Marítimas (Narcóticos), uma colaboração entre oito países da União Europeia e o Reino Unido. A Guarda Civil da Espanha também desempenhou um papel fundamental, alertando sobre a aproximação do narcossubmarino em direção a Portugal.
A apreensão destaca a crescente sofisticação das organizações criminosas no tráfico de drogas, que utilizam rotas marítimas complexas e embarcações como narcossubmarinos para transportar grandes quantidades de entorpecentes. Este tipo de operação exige uma resposta coordenada e eficaz por parte das autoridades para combater o crime organizado transnacional.
"Procuram encharcar a Europa de muita cocaína." afirmou Neves, ressaltando a ambição das organizações criminosas.
A operação representa um duro golpe contra o tráfico de drogas e demonstra a importância da cooperação internacional no combate ao crime organizado. A vigilância constante e a troca de informações entre os países são essenciais para desmantelar as redes criminosas e proteger a sociedade.
Fonte: revistaoeste