
O mercado musical brasileiro apresentou um crescimento significativo em 2024, impulsionado principalmente pelo aumento no consumo de streaming. As receitas totais do setor ultrapassaram os R$ 3 bilhões, refletindo uma mudança nos hábitos de consumo e a valorização da música nacional.
As assinaturas em serviços de streaming como Spotify, Deezer e Apple Music, cresceram 26,9%, totalizando R$ 2,077 bilhões. O streaming remunerado por publicidade também apresentou alta, atingindo R$ 479 milhões, enquanto os vídeos musicais interativos movimentaram R$ 499 milhões.
Além do streaming, a arrecadação de direitos conexos de execução pública para produtores, artistas e músicos aumentou 14,9%, chegando a R$ 386 milhões. As receitas de sincronização, provenientes do uso de músicas em publicidade, filmes e séries, tiveram um crescimento ainda maior, com um avanço de 36% e arrecadação de R$ 19 milhões.
O mercado físico também registrou um crescimento notável, atingindo seu maior faturamento desde 2017. As vendas de formatos físicos somaram R$ 21 milhões, impulsionadas principalmente pelo vinil, que se consolidou como o formato físico mais vendido pelo segundo ano consecutivo, movimentando R$ 16 milhões.
Um dado importante revelado pela Pro-Música Brasil é a preferência do público brasileiro pela música nacional. Das mil gravações mais acessadas no streaming musical brasileiro, 76% são de artistas brasileiros.
"Esse protagonismo demonstra como os consumidores valorizam artistas locais, impulsionando gêneros como sertanejo, trap, hip hop, funk, pagode, MPB, pop e forró, entre outros." diz o texto da pesquisa.
Ainda segundo a Pro-Música, o crescimento do streaming facilitou o acesso a conteúdos musicais, ampliando a visibilidade de novos talentos e consolidando grandes artistas nacionais.
Em 2024, houve uma importante vitória para o setor com a aprovação no Senado Federal da regulamentação da Inteligência Artificial, que incluiu um capítulo de Direitos Autorais e Conexos, essencial para a proteção de criadores e produtores de conteúdo.
Fonte: infomoney