
As taxas dos DIs apresentaram leve baixa, influenciadas pela queda dos rendimentos dos Treasuries e do dólar, após a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre as taxas de juros nos EUA. No Brasil, investidores aguardavam o anúncio do Banco Central sobre a Selic.
No fechamento da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 14,72%, enquanto a taxa para janeiro de 2027 registrava 14,41%. Para contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 atingiu 14,31%, e o contrato para janeiro de 2033 alcançou 14,34%.
O Fed manteve os juros na faixa de 4,25% a 4,50%, como amplamente esperado. Contudo, houve divergências entre as autoridades sobre a trajetória da política monetária, refletindo incertezas sobre os impactos econômicos das políticas do governo Trump, especialmente em relação à inflação devido às tarifas sobre produtos importados.
"As taxas de juros estavam andando de lado no Brasil, com investidores esperando pela decisão do Fed. A manutenção já estava precificada, mas houve a atualização do "dot plot" do Fed com as projeções de cortes, inclusive com algumas autoridades prevendo três cortes, e não dois", pontuou Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos.
Após a decisão do Fed, os rendimentos dos Treasuries diminuíram e o dólar perdeu força, impactando o câmbio e a renda fixa no Brasil. A taxa do DI para janeiro de 2027 atingiu a mínima de 14,36%, enquanto o DI para janeiro de 2031 marcou a mínima de 14,27%.
Jerome Powell, chair do Fed, mencionou que ainda é cedo para avaliar o impacto das tarifas dos EUA sobre a inflação.
Investidores aguardavam o anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, com a expectativa de uma elevação de 100 pontos-base da Selic, de 13,25% para 14,25% ao ano. O mercado também acompanha as projeções para a próxima decisão do Copom, em maio.
Fonte: infomoney