Um médico em Goiânia, GoiĂĄs, estĂĄ sob investigação após ser acusado de mutilação genital durante um procedimento de cirurgia plĂĄstica. A paciente alega que, durante uma ninfoplastia, teve seu clitóris cortado sem autorização.
O caso veio à tona após a paciente registrar um boletim de ocorrĂȘncia em 28 de fevereiro, detalhando que contratou um pacote de R$ 137 mil que incluĂa lipoaspiração HD, implantes de silicone e ninfoplastia.
Segundo a denĂșncia, o médico teria cometido um erro grave durante a cirurgia, resultando na remoção não autorizada do clitóris da paciente. Ela também relatou falta de assistĂȘncia pós-operatória.
"Eu paguei para fazer uma ninfoplastia, mas ele fez outra coisa. Ele cortou o meu clitóris sem minha autorização! Eu pedi vĂĄrias vezes para não mexer nessa ĂĄrea, e mesmo assim ele fez. Minha vida nunca mais serĂĄ a mesma." disse a paciente.
A paciente alega que acordou coberta de sangue e não recebeu assistĂȘncia imediata da equipe médica, embora o médico respondesse outras pessoas no Instagram.
Em resposta às acusações, o médico alega que a paciente estĂĄ tentando descredibilizar as denĂșncias e o processou por calĂșnia e ameaça. Ele também estĂĄ sendo investigado pela PolĂcia Civil, que apura a ocorrĂȘncia de possĂvel erro médico.
"Os procedimentos foram realizados após avaliação e proposta terapĂȘutica, bem como prévia ciĂȘncia e anuĂȘncia, seguindo todos os preceitos éticos e técnicos".
"Não houve qualquer intercorrĂȘncia ou resultado adverso, estando ela em perĂodo pós-operatório, sendo que, de acordo com a prĂĄtica médica e a própria Sociedade Brasileira de Cirurgia PlĂĄstica, os resultados demandam aproximadamente seis meses para serem evidenciados, inclusive com a possibilidade de um segundo tempo cirĂșrgico (retoque), sem que tal fato constitua imperĂcia do cirurgião. no que concerne aos cuidados pós-operatórios, salientamos que a paciente teve todo o suporte necessĂĄrio, com os cuidados médicos e profissionais a sua disposição", afirmou Willian, o médico acusado.
Além desta acusação, o médico jĂĄ foi alvo da Operação Navio Fantasma em 2020, sob a acusação de ter simulado um incĂȘndio em um iate de luxo para receber R$ 800 mil de seguro.
Se considerado culpado, o médico pode enfrentar sanções legais, incluindo a cassação de sua licença profissional. Este caso ocorre em meio a um cenĂĄrio onde a crescente busca por procedimentos estéticos no Brasil esconde riscos e potenciais negligĂȘncias.
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