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Rio de Janeiro

Dia Internacional da Mulher no Rio pede igualdade e fim da escala 6x1

Dezenas de coletivos de mulheres e sindicatos de classe participaram nesta segunda-feira (10), no Rio, da comemoração do Dia Internacional da Mulher, celebrado no último sábado (8).


Dezenas de coletivos de mulheres e sindicatos de classe participaram nesta segunda-feira (10), no Rio, da comemoração do Dia Internacional da Mulher, celebrado no Ășltimo sĂĄbado (8). A atividade foi realizada na região central da cidade, saindo da CandelĂĄria. Em seguida, os manifestantes seguiram em passeata até a Cinelândia, local de atos polĂ­ticos no Rio.

A preservação das vidas das mulheres foi um dos temas tratados. As manifestantes exigiram direitos, como a igualdade de gĂȘnero e o fim da violĂȘncia contra as mulheres e a defesa da democracia, além do fim da escala de trabalho 6x1, que prejudica principalmente as mulheres.

Contra a violĂȘncia e o assédio

A luta contra o feminicĂ­dio, que apesar dos avanços na legislação, como a Lei Maria da Penha, vem crescendo no Brasil nos Ășltimos anos, foi um tema central das manifestações.

Apesar do recuo de 5% em 2024, o nĂșmero de mulheres assassinadas principalmente por maridos e ex-companheiros, apenas por serem do sexo feminino, foi de 1.387 casos no ano passado, com média de quatro feminicĂ­dios por dia. Só no estado do Rio, 107 mulheres morreram vĂ­timas de feminicĂ­dio em 2024.

"O protesto é contra a violĂȘncia e o assédio moral e sexual contra mulheres nos locais de trabalho e em defesa da igualdade salarial em relação aos homens, que são mais alguns dos principais motivos para as bancĂĄrias participarem da manifestação", disse a vice-presidente do Sindicato dos BancĂĄrios do MunicĂ­pio do Rio de Janeiro, KĂĄtia Branco.

Segundo ela, a categoria é pioneira na criação de canais de denĂșncia e assistĂȘncia às trabalhadoras que sofrem violĂȘncia muitas vezes dos próprios maridos no lar.

Fim da escala 6x1

A dirigente do Sindicato dos ComerciĂĄrios de Nova Iguaçu e região na Baixada Fluminense, Elisa Campos, disse que a principal luta das comerciĂĄrias da Baixada é reivindicar os direitos das mulheres e também o fim da jornada de trabalho 6x1.

"É um absurdo. A gente pensa que a escravidão acabou, mas não. No comércio, a escravidão ainda existe e a gente precisa continuar lutando para reduzir essa escala 6x1".

A coordenadora de Combate à Opressão da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Meiry Valentim disse que é importante que as mulheres somem forças pela garantia dos direitos das mulheres.

"VocĂȘ tem um maior nĂșmero de denĂșncias, mas o feminicĂ­dio não diminuiu em nada. Então, a gente precisa de ações mais efetivas. A gente precisa também que homens se somem à nossa luta. Que consigam falar com outros homens sobre a importância de valorizar a mulher, de não matar mais mulher. Estou falando de mulher como um todo, estou falando de mulher trans, de lésbicas, gays, enfim, estou falando de mulheres", acrescentou.

JĂĄ a assessora de PolĂ­ticas dos Servidores das Justiças Federais do Rio (Sisejufe), Vera Miranda, disse que a principal luta das mulheres é o direito à vida, igualdade de oportunidades. "Principalmente a nossa luta é o direito de que toda mulher continue viva. As taxas de feminicĂ­dio no Brasil são muito altas. As taxas de violĂȘncia doméstica, violĂȘncia de gĂȘnero, principalmente para as mulheres trans, negras, ainda são muito altas. Então, nós mulheres enquanto uma ainda não estiver em condições dignas vamos continuar lutando até que todas estejam livres", argumentou.

AgĂȘncia Brasil

Geral Rio De Janeiro

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