O Panamá libertou dezenas de migrantes neste sábado, após semanas de disputas judiciais e críticas de organizações de direitos humanos. Os migrantes haviam sido deportados dos Estados Unidos e mantidos em um campo remoto.
O governo panamenho concedeu aos migrantes um prazo de 30 dias para deixarem o país, o que os coloca em uma situação jurídica incerta e com dificuldades para encontrar um novo destino.
A situação é especialmente difícil para aqueles que não podem retornar aos seus países de origem devido a conflitos ou perseguições, como é o caso de Hayatullah Omagh, um afegão de 29 anos.
Somos refugiados, não temos dinheiro. Não podemos pagar por um hotel na Cidade do Panamá e não temos parentes. Não posso voltar para o Afeganistão em nenhuma circunstância? Está sob o controle do Talibã, e eles querem me matar. Como posso voltar? disse Omagh à Associated Press.
A libertação dos migrantes ocorre após um acordo entre os Estados Unidos e o Panamá, que tem sido alvo de críticas por parte de defensores dos direitos humanos.
A medida deixa muitos em um limbo jurídico e com o desafio de encontrar um caminho a seguir. A deportação em massa e a falta de assistência aos deportados geram preocupação quanto ao respeito aos direitos humanos e à dignidade dessas pessoas.
A situação dos migrantes libertados no Panamá é um exemplo das complexidades e desafios enfrentados por aqueles que buscam refúgio e segurança em outros países, muitas vezes encontrando-se em situações de vulnerabilidade e incerteza jurídica.
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