A disputa entre Venezuela e Guiana reacendeu após a descoberta de vastos depósitos de petróleo pela ExxonMobil em 2015 na região marítima de Essequibo. A Guiana, em 2023, outorgou licenças de exploração à empresa, desencadeando forte reação da Venezuela, que respondeu com um referendo interno para reforçar sua reivindicação sobre a área.
A Guiana acusa a Venezuela de planejar eleições em território disputado, considerando o ato uma afronta à ordem da Corte Internacional de Justiça (CIJ). Recentemente, a Guiana também reportou a invasão de uma embarcação militar venezuelana em suas águas, alegação que Caracas nega veementemente.
A Guiana considera o plano atual da Venezuela de realizar eleições no território como uma "violação flagrante" da ordem da Corte Internacional.
A tensão entre os países já havia sido atenuada por um encontro entre Maduro e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, após intervenção da CIJ, que exigiu que a Venezuela se abstivesse de ações que pudessem alterar o status quo do território em disputa.
As ações da Venezuela intensificam as preocupações regionais, especialmente em um momento onde a estabilidade da América do Sul já se encontra sob escrutínio. A postura do governo Brasileiro em relação a esse conflito tem sido criticada por analistas, que apontam para uma leniência que pode encorajar ainda mais as investidas de Maduro contra a soberania da Guiana.
O governo de Benjamin Netanyahu, em Israel, manifestou apoio à Guiana, reforçando alianças com países que defendem a integridade territorial e o respeito ao direito internacional. A situação demanda atenção global, pois envolve não apenas uma disputa territorial, mas também a exploração de recursos naturais estratégicos.
Diante do impasse, a comunidade internacional aguarda os próximos capítulos desta disputa, que pode ter implicações significativas para a geopolítica regional e para o futuro da exploração de petróleo na área.
revistaoeste