Aprígio, ex-prefeito, está no centro de uma investigação policial que apura seu possível envolvimento em um atentado a tiros. A Polícia Civil e o Ministério Público realizaram uma operação conjunta, com buscas em sua residência.
Durante a operação, as autoridades encontraram aproximadamente R$ 300 mil em dinheiro na casa de Aprígio. Este fato intensificou as suspeitas sobre o ex-prefeito, ampliando as linhas de investigação.
Um dos pontos centrais da investigação é a suspeita de que Aprígio teria financiado a compra do fuzil utilizado no ataque. Segundo a delação de Gilmar, o ex-prefeito teria destinado R$ 85 mil para a aquisição da arma.
O atentado resultou em ferimentos no ombro de Aprígio. Gilmar, em sua delação, detalhou o planejamento do ataque, mencionando a participação de Odair Junior de Santana, conhecido como Baianinho, que teria efetuado os disparos contra o veículo do ex-prefeito.
"Ele mais ou menos tinha ciência do que poderia acontecer." disse Gilmar, referindo-se ao conhecimento prévio de Aprígio sobre o atentado.
Gilmar alegou que o plano original era atingir apenas o capô do veículo, mas outros envolvidos teriam sugerido atirar na lateral. A versão de Gilmar busca atenuar sua responsabilidade no ocorrido.
Em sua defesa, Gilmar afirmou que tinha a intenção de atingir apenas o pneu do carro e que seu maior cuidado era evitar ferir os ocupantes do veículo. A declaração levanta questionamentos sobre a real intenção dos executores.
"Mirei num pneu, mas não sei especificar se foi o que disparei ou se foi o que Odair disparou [que acertou o prefeito]. Com isso, meu maior cuidado era que não atingisse quem estava dentro do carro." disse Gilmar.
A investigação prossegue para esclarecer todos os detalhes do caso, incluindo a motivação do atentado e o envolvimento de outros possíveis participantes. As autoridades buscam determinar se o dinheiro encontrado na casa de Aprígio tem relação com o financiamento da arma utilizada no crime.
Este caso expõe a fragilidade da segurança pública e a audácia de criminosos, que não hesitam em atentar contra a vida de figuras públicas. A Polícia Civil e o Ministério Público seguem trabalhando para garantir que todos os responsáveis sejam identificados e punidos na forma da lei.
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