A economia da Venezuela, após um período de colapso, mostra sinais de recuperação impulsionada pela atuação da Chevron. A empresa americana, operando sob licença dos EUA, elevou a produção de petróleo bruto do país, superando 1 milhão de barris diários.
Agora, o presidente Donald Trump considera usar a presença da Chevron como alavanca para alcançar seus objetivos em relação ao governo de Nicolás Maduro. A licença da empresa, que permitiu o aumento das exportações venezuelanas, é vista como uma ferramenta para Trump cumprir sua promessa de campanha de conter a migração irregular para os EUA.
A Chevron tem uma longa história na Venezuela, mas sua influência cresceu significativamente devido à deterioração da estatal de petróleo venezuelana e ao impacto das sanções americanas. A empresa se tornou essencial para o crescimento da produção de petróleo no país.
Os empreendimentos operados em conjunto com a PDVSA geraram cerca de US$ 4 bilhões em impostos nos últimos dois anos, representando aproximadamente um quarto da receita total do governo venezuelano. A economia do país está projetada para crescer 9% este ano.
"A atividade da Chevron introduziu um elemento crucial para a estabilização macroeconômica do país. Ela deu um impulso à economia ao adicionar empregos, novos contratos de serviços para a recuperação de poços e vendas de moeda estrangeira ao mercado doméstico." disse Asdrúbal Oliveros, diretor da Ecoanalítica.
A receita em dólares gerada pela Chevron é reinvestida na economia local, impulsionando setores como o varejo e o automotivo. Recentemente, Trump enviou um assessor a Caracas, resultando na libertação de prisioneiros americanos e no reinício de voos de deportação, enquanto a licença da Chevron foi automaticamente renovada.
"A licença é uma carta muito desafiadora de se jogar. A atividade da Chevron na Venezuela é do interesse de ambos os países, pois é uma operadora eficiente ajudando a economia venezuelana a não desmoronar novamente e prevenindo o retorno de migrantes." disse David Goldwyn, do Atlantic Council.
Trump está avaliando a situação e não descarta a possibilidade de restringir as exportações de petróleo pela Chevron. A produção de petróleo na Venezuela atingiu 1 milhão de barris por dia, um marco significativo após a queda na produção. O setor de petróleo deve crescer 17% até o final de 2025.
"A Chevron tem sido uma presença construtiva na Venezuela", afirmou Bill Turenne, porta-voz da empresa.
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