Na Alemanha, as eleições antecipadas para o Bundestag revelaram um cenário político em transformação. O partido democrata-cristão CDU, liderado por Friedrich Merz, obteve o maior percentual de votos, alcançando 29%, de acordo com a Deutsche Welle.
A ascensão do AfD (Alternativa para a Alemanha), partido de extrema-direita, para a segunda posição com 19,5% dos votos, reflete a crescente polarização no país. Enquanto isso, o SPD (Partido Social-Democrata) ficou em terceiro lugar, com 16% dos votos.
A eleição antecipada foi motivada pela crise político-econômica que assolou o país, levando ao fim da coalizão "semáforo" em novembro. As questões migratórias também contribuíram para o fortalecimento do discurso da extrema-direita.
Apesar do resultado, o novo chanceler alemão será definido somente após a formação de um governo de coalizão, o que pode levar meses. As projeções iniciais indicam que Friedrich Merz está na frente para suceder o atual primeiro-ministro, Olaf Scholz.
A postura de Merz em relação à migração gerou controvérsia, especialmente após permitir que o CSU se unisse ao AfD para tentar aprovar uma resolução no Parlamento. Essa atitude irritou Angela Merkel, que sempre defendeu uma política de isolamento em relação à extrema-direita.
Caso chegue ao poder, Merz deve adotar uma linha mais à direita, buscando melhorar o bem-estar interno, atrair investimentos estrangeiros e incentivar a energia nuclear, além de facilitar o fluxo de capital para empresas alemãs. Ele também pretende flexibilizar as regras constitucionais sobre a dívida pública.
"O novo chanceler da Alemanha será eleito somente quando o governo de coalizão for formado, o que pode levar meses." afirmou a agência Deutsche Welle sobre a indefinição do novo governo.
Com 69 anos, Friedrich Merz é um advogado com experiência em conselhos de administração de bancos de investimento. Sua trajetória política foi marcada por disputas internas no CDU, especialmente com Angela Merkel.
As eleições na Alemanha expõem um cenário complexo, onde a insatisfação popular e as divergências políticas moldam o futuro do país. Resta aguardar os próximos capítulos para saber quem liderará a economia alemã nos próximos anos.
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