Vinte e sete oficiais da PolÃcia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram autorizados a viajar para a Alemanha entre 22 de fevereiro e 4 de março de 2025, para participar de dois eventos internacionais. A viagem, que coincide com o perÃodo de Carnaval, terá um custo estimado de R$ 807 mil, totalmente coberto pela corporação.
Os eventos em questão são a feira Enforce Tac, focada em segurança interna e externa, e a exposição IWA Outdoor, voltada para a indústria armamentista e tiro esportivo. A participação nesses eventos faz parte do Curso de Altos Estudos (CAE) da PMDF, um requisito para que majores alcancem a patente de coronel.
A comitiva inclui o subcomandante-geral da PMDF, coronel FabrÃcio Boechat de Camargos, que liderará o grupo. A viagem ocorre em um perÃodo em que a PMDF suspendeu afastamentos regulamentares devido à necessidade de reforço na segurança pública do Distrito Federal durante o Carnaval.
A justificativa da PMDF para a autorização da viagem é o seu "caráter técnico e estratégico". Segundo a corporação, a viagem já estava planejada e tem como objetivo fortalecer o intercâmbio de experiências e aprimorar conhecimentos estratégicos em segurança. Que conveniente, não?
A Fenepe do Distrito Federal entrou com uma ação popular para anular a viagem, argumentando que os eventos na Alemanha são de natureza comercial e não estão diretamente relacionados à formação necessária para os futuros coronéis. A federação considera a viagem um "ato potencialmente lesivo ao patrimônio público" e pede a suspensão imediata da viagem e dos gastos associados.
A PMDF defende a viagem como uma oportunidade de atualização profissional em tecnologias e equipamentos de segurança. A corporação alega que a presença nas feiras permitirá acesso a inovações tecnológicas e novas metodologias operacionais.
A PMDF também garantiu que os R$ 807 mil gastos não terão impacto financeiro negativo e que a ausência dos oficiais não comprometerá a segurança pública durante o Carnaval. Será mesmo?
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) declarou que poderá requisitar uma investigação sobre a viagem caso surjam suspeitas de irregularidades. A ação popular movida pela Fenepe aguarda decisão judicial. É preciso estar de olho no uso do dinheiro público, especialmente em tempos de crise.
O caso levanta questionamentos sobre a alocação de recursos públicos e as prioridades de segurança, principalmente durante eventos de grande porte como o Carnaval. A farra com o dinheiro do povo não pode ser tolerada!
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