Seis mulheres e dez homens que participavam da quadrilha faziam a cobrança de propina para uma das milícias que atua na região. Os acusados foram presos no primeiro semestre de 2024 e o MP agora solicita a manutenção de suas prisões.
Ciclo de violência
Os agiotas pagavam para que policiais realizassem a cobrança em um ciclo de violência que tinha por vítimas geralmente trabalhadores vindos de outros países sul-americanos.
Em um dos casos descritos, um equatoriano foi "cobrado" por um policial militar, que teria subtraído R$ 4 mil. Outro caso descrito mostra que o grupo agia para determinar quem poderia ou não trabalhar nos pontos sob a proteção da milícia.
Os acusados cometeram crimes de extorsão e constituição de milícia privada. Duas pessoas são acusadas de lavagem de dinheiro e outra responderá pelo equivalente a agiotagem.
Na quadrilha há ex-policiais, ao passo que os policiais da ativa que usavam equipamentos da corporação para os crimes são processados pela Justiça Militar, que remeteu a investigação ao Gaeco. No processo são descritas ao menos três milícias que atuam na região, disputando território e pontos de venda nas feirinhas da madrugada.
Agência Brasil