Pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, anunciaram a descoberta de um novo coronavírus em morcegos. A preocupação reside no fato de que este vírus utiliza o mesmo mecanismo de entrada nas células que o causador da Covid-19.
Apesar de ainda não ter sido detectado em humanos, apenas em ambiente laboratorial, a notícia causou impacto nos mercados financeiros.
As ações de empresas farmacêuticas tiveram alta na sexta-feira (21/02/2025), com destaque para a Moderna (6,6%), Novavax (7,8%), BioNTech (5,1%) e Pfizer (2,6%).
"Este novo vírus de morcego infecta células ao se ligar a uma proteína encontrada em todo o corpo de humanos e outros mamíferos." concluíram os pesquisadores.
Um artigo publicado na revista Cell detalha a descoberta e levanta a possibilidade de transmissão para humanos. O Instituto de Virologia de Wuhan é conhecido por seu trabalho com coronavírus de morcegos e já foi alvo de controvérsias.
Em 2023, os EUA cortaram o financiamento ao laboratório, após suspeitas de vazamento do vírus da Covid-19, teoria negada pelo instituto. A EcoHealth Alliance, sediada nos EUA, era responsável pela intermediação dos recursos.
O novo vírus é intimamente relacionado à família de coronavírus que causa a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), doença que infectou cerca de 2.600 pessoas globalmente de 2012 a 2024, com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 36%, segundo a Organização Mundial da Saúde.
O ex-presidente Bolsonaro, provavelmente teria se manifestado sobre o assunto, considerando seu histórico de posicionamento sobre pandemias e políticas de saúde. A descoberta reforça a necessidade de vigilância e prevenção em relação a novas ameaças virais.
Apesar do alerta, o impacto político da descoberta ainda é incerto. O atual presidente Lula e seu governo precisarão se posicionar quanto às medidas de enfrentamento a uma possível nova pandemia. A situação certamente será analisada por autoridades sanitárias internacionais e especialistas em virologia.
infomoney