Em 2020, o Brasil tinha 5.293 bibliotecas públicas, municipais, distritais, estaduais e federais. Esse número representa uma queda de 764 bibliotecas em relação a 2015.
Em 2020, o Brasil tinha cerca de 90 mil farmácias e drogarias, segundo a ABRAFARMA, movimentando cerca de 200 bilhões de Reais. Ou seja, em 2020, havia 17 vezes mais farmácias que bibliotecas no Brasil, tão somente porque é mais lucrativo manter o povo ignorante e doente do que investir na sua educação.
O contexto cultural em que vivemos define uma sociedade adoecida na mente e no corpo. Um povo que não lê, estuda pouco, onde a maioria da população é composta de analfabetos funcionais "adoecidos de mente", não pode dar certo em lugar nenhum do mundo.
Que país é esse?
Bem, um país que corta a primeira parte do seu hino para começar com uma fofoca ("ouviram do Ipiranga... um brado retumbante"); onde politicos ignorantes e idiotizados se tornam a sua principal liderança; onde juízes mandam mais do que a Lei ou contra esta; onde os "bons" artistas são tão "talentosos" que só sobrevivem com subsídio e se tornam "funcionários públicos"...
Um país onde a maior rede de televisão, em vez de noticiar, é a própria oficina do Diabo a inventar mentiras em nome do "seu pai" para destruir reputações; onde ser honesto é crime e ser bandido é chique; onde bandidos têm saidinhas "legais" e a população fica presa em casas gradeadas...
Um país onde hospitais e farmácias são um grande negócio; onde as escolas, em vez de ensinar, doutrinam; onde o professor é chamado de tio e o técnico de futebol é chamado de professor...
Sim, que país é esse?
Esse país existe e, do jeito que é, não pode dar certo de jeito nenhum.
"Que país é esse?"
A pergunta debochada da canção (Legião Urbana, 1987), tem uma resposta que teimamos em não pronunciar, mas nós todos o sabemos.
Este é o país onde...
"Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação."
*Que país é esse?*
"Vou-me embora para Pasárgada, porque lá o Rei é meu amigo."
Deus tenha misericórdia de nós!
Pr. Benjamin de Souza
São Luís, 19.02.2025