Em uma decisão que repercutiu internacionalmente, o ex-presidente da Argentina, Fernando Fernández, foi considerado culpado por agressão contra sua ex-esposa, Fabiola Yánez.
A sentença, proferida pelo juiz Julián Ercolini, declara Fernández culpado por "lesões leves", cometidas em ao menos duas ocasiões. Como consequência, o juiz impôs um embargo de 10 milhões de pesos argentinos (equivalente a aproximadamente R$ 54 mil em fevereiro de 2025) sobre os bens do ex-presidente.
Além do embargo, outra determinação judicial exige que Fernández informe previamente qualquer viagem que ultrapasse 72 horas fora de Buenos Aires. Essa medida visa garantir sua presença no país durante o processo legal.
As provas apresentadas pelo Ministério Público foram cruciais para a condenação. Imagens dos ferimentos de Yánez, seu depoimento detalhado e registros de conversas entre o casal em plataformas digitais fortaleceram a acusação contra o ex-presidente.
"Durante uma audiência em outubro, eu reafirmei minha inocência. Na realidade, fui vítima de agressões por parte da ex-mulher." concluiu Fernández.
Apesar da defesa de Fernández, que alegou ser a vítima das agressões, o Ministério Público apresentou evidências adicionais, fornecidas pela secretária particular de Fernández, María Cantero. Essas evidências incluíam imagens enviadas por Yánez mostrando hematomas em seu rosto e corpo.
O juiz Ercolini mencionou especificamente duas lesões registradas em fotos, que mostravam Yánez com um olho e um braço roxos. Essas imagens, juntamente com outros elementos de prova, convenceram o juiz da culpa de Fernández.
A pena máxima para o crime de "lesões leves" na Argentina é de até 18 anos de prisão. A sentença final, com a definição da pena a ser cumprida por Fernández, ainda não foi divulgada.
O caso envolvendo o ex-presidente argentino gerou grande debate na Argentina e no mundo, levantando questões sobre a violência doméstica e a justiça. A sentença representa um marco importante na luta contra a violência contra as mulheres.
Este caso envolve Fernando Fernández e Fabiola Yánez, personagens centrais no desenrolar deste processo judicial na Argentina.
revistaoeste