O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, implementou o polĂȘmico "Programa Zero Ócio", que visa reduzir a criminalidade no paĂs através da reabilitação de presos.
De acordo com Bukele, o programa prioriza a profissionalização dos detentos, excluindo assassinos e estupradores, e oferece redução de pena como incentivo.
"O programa não inclui assassinos e estupradores. Em troca, os presos vão receber redução da pena, enquanto aprendem uma profissão." concluiu o presidente Bukele.
A segurança pĂșblica é a principal bandeira polĂtica de Bukele, que foi reeleito com 83% dos votos após reduzir significativamente os Ăndices de violĂȘncia em El Salvador, um paĂs que jĂĄ foi considerado o mais perigoso do mundo. A taxa de homicĂdios caiu de 106 para um nĂșmero consideravelmente menor, enquanto o Brasil, em comparação, registra uma taxa de 25,7 homicĂdios por 100 mil habitantes.
Setores da direita latino-americana veem Bukele como referĂȘncia em segurança pĂșblica, elogiando suas polĂticas de combate à criminalidade. No entanto, suas ações geram controvérsias.
Bukele relatou conversas com o presidente Lula, mas sem abordar o tema da segurança pĂșblica. Ele afirma que o Brasil enfrenta "muitos problemas" nessa ĂĄrea.
"Falei algumas vezes com o presidente Lula, mas ele nunca me mencionou a questão da segurança", respondeu Bukele. "Imagino que ele tenha a própria forma de abordagem e de lidar com a situação."
As polĂticas de Bukele incluem a adoção de um estado de exceção renovado pelo Parlamento hĂĄ dois anos, com a suspensão do direito de associação e reunião, interrupção da inviolabilidade das comunicações e privação do direito à informação imediata sobre eventuais prisões. Além disso, o encarceramento em massa, com 100 mil salvadorenhos presos em um paĂs com 6 milhões de habitantes, tem gerado crĂticas de organizações internacionais, como a Anistia Internacional, por supostas violações de direitos humanos.
O sucesso das polĂticas de Nayib Bukele em El Salvador gera um debate global sobre o equilĂbrio entre segurança pĂșblica e direitos humanos.
A eficĂĄcia e as consequĂȘncias a longo prazo de tais medidas, ainda estão sendo analisadas, e as crĂticas internacionais permanecem presentes.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA