Em visita ao Vietnã, o presidente Lula e o primeiro-ministro vietnamita, Pham Minh Chính, encerraram o Fórum Econômico Brasil-Vietnã, com foco na agenda climática e ambiental. Lula enfatizou a necessidade da descarbonização e as oportunidades que ela oferece.
Durante o evento, Lula destacou a experiência do Brasil em biocombustíveis como alternativa de baixo custo para diversos setores, incluindo o automotivo e de aviação. Ele também mencionou o potencial de cooperação em energia eólica, solar e hidrogênio verde.
"A descarbonização não é uma escolha, é uma necessidade e uma grande oportunidade. Temos décadas de experiência em biocombustíveis, que são alternativas de baixo custo para os setores automotivo e de aviação, e mesmo para a geração de energia elétrica. Há potencial de cooperação em energia eólica e solar, bem como em hidrogênio verde." disse Lula.
O presidente também ressaltou a importância do setor privado na redução de emissões e no financiamento climático, além de apresentar o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF), que visa apoiar financeiramente países que conservam suas florestas.
"O setor privado tem um importante papel a desempenhar na redução de emissões e no financiamento climático" afirmou o presidente.
Nos dois dias de visita, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, acompanhou Lula em reuniões com líderes vietnamitas. Lula e Luong Cuong assinaram o Plano de Ação para Implementação da Parceria Estratégica, que abrange áreas como defesa, economia, agricultura, tecnologia, meio ambiente e transição energética.
Em 2024, Brasil e Vietnã celebraram 35 anos de relações diplomáticas, elevadas a Parceria Estratégica. Lula se reuniu com o primeiro-ministro vietnamita em diversas ocasiões, incluindo a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
Marina Silva, em evento com empresários, enfatizou que economia e ecologia são interdependentes. Ela destacou os instrumentos financeiros desenvolvidos pelo MMA para impulsionar o combate à mudança do clima e a preservação ambiental.
"Cuidar adequadamente da agenda de comércio e relações econômicas associada à questão da mudança do clima e do meio ambiente é fundamental. Sem essa agenda, não haverá relações econômicas entre nossos países, tampouco no mundo, porque os recursos naturais são a base do nosso desenvolvimento. Costumo dizer que economia e ecologia fazem parte da mesma equação." afirmou Marina Silva.
A ministra mencionou a criação de uma plataforma de investimento entre países (BIP), o lançamento de títulos verdes e o Plano de Transformação Ecológica, liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ela também enfatizou o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre, que recompensará países que protegem suas florestas tropicais.
O governo federal busca captar US$ 125 bilhões para o TFFF, com pelo menos 20% dos recursos destinados a populações indígenas e comunidades tradicionais.
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