A corrupção no Brasil atingiu níveis alarmantes, conforme revelado pelo Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024, elaborado pela Transparência Internacional. O país ocupa a 107ª posição, empatado com Nepal, Argélia, Malauí, Níger, Tailândia e Turquia, marcando o pior desempenho desde o início da série histórica em 2012.
O IPC avalia 180 países desde 1995, atribuindo notas de 0 a 100 para medir a integridade no setor público, com base na percepção de acadêmicos, juristas, empresários e especialistas. Dinamarca, Finlândia, Cingapura e Nova Zelândia lideram o ranking.
A volta da influência de empresários, que confessaram irregularidades com o governo e participaram de reuniões no Palácio do Planalto, também contribui para a percepção negativa.
Para especialistas, o cenário reflete a desvalorização do combate à corrupção e a normalização de práticas ilícitas, como o desvio de recursos públicos.
"Retrato do Brasil em 2025: o presidente só pronuncia a palavra "corrupção" pra criticar o seu combate, o tribunal constitucional do país anistia corruptos em série, peculato tem apelido carinhoso de "rachadinha", um representante do povo no Parlamento confessa esse crime e ao invés de ir preso, ganha "sweetheart deal" da PGR e paga uma multa irrisória em 12x sem juros - Alguma dúvida de que a corrupção foi normalizada no Brasil?" escreveu a Transparência Brasil.
A percepção de que a corrupção foi normalizada no Brasil é um duro golpe para a credibilidade do país e para a confiança dos cidadãos nas instituições. É preciso um esforço conjunto para reverter esse quadro e retomar o caminho da ética e da transparência na gestão pública.
revistaoeste - CNN