
Com a proximidade do prazo para a declaração do Imposto de Renda, contribuintes buscam formas de otimizar a restituição ou reduzir o imposto devido, aproveitando as deduções permitidas por lei.
Para auxiliar nesse processo, especialistas como Waldir de Lara, da LaraFy Consultoria, e Victor Hugo Rocha Macedo, do escritório Juveniz Jr Rolim Ferraz Advogados, compartilham estratégias para uma declaração mais eficiente.
Uma das primeiras decisões é escolher entre o desconto simplificado, um abatimento automático de 20% sobre os rendimentos tributáveis (limitado a R$ 16.754,34), ou a declaração completa, que permite deduzir despesas comprovadas com saúde, educação, dependentes e previdência privada (PGBL).
"Por exemplo, com um rendimento tributável anual de R$ 30 mil, e sem despesas dedutíveis relevantes, aplica-se um desconto de 20%, resultando em R$ 6 mil. Assim, a base de cálculo será de R$ 24 mil." disse Macedo, exemplificando o uso do desconto simplificado.
Na declaração completa, incluem-se despesas médicas (sem limite) e educacionais (limitadas a R$ 3.561,50 por dependente). A inclusão de dependentes (com abatimento fixo de R$ 2.275,08 por dependente) e o lançamento de pensão alimentícia judicialmente homologada também reduzem o imposto devido.
Contribuições para o plano PGBL podem ser deduzidas até 12% da renda tributável, impactando positivamente na restituição. Casais devem analisar a opção mais vantajosa: declaração conjunta ou separada.
"Os rendimentos dos dois cônjuges são somados e tributados de forma progressiva. Isso pode levar a uma tributação maior ou menor, dependendo da composição dos rendimentos." afirma Lara, sobre a declaração de casais.
Profissionais autônomos podem deduzir despesas no livro-caixa, e doações incentivadas a fundos controlados pelo governo até 6% do imposto devido também são válidas, desde que feitas dentro do ano-base da declaração.
É crucial que o contribuinte aproveite todas as ferramentas legais para mitigar a carga tributária. Afinal, cada real economizado é um real a menos nas mãos de um governo que insiste em políticas econômicas desastrosas.
Fonte: infomoney