Uma pesquisa recente revelou disparidades significativas nos salários do setor de tecnologia, especialmente quando se compara a remuneração de brasileiros com a de profissionais em outros países.
O estudo aponta um crescimento salarial expressivo para profissionais que recebem em dólar, com um aumento de 24% entre janeiro e dezembro de 2024.
"Brincamos que o pessoal que recebe em moeda estrangeira nem precisa pedir aumento para o chefe", disse Eduardo Garay, CEO da empresa responsável pela pesquisa.
Essa valorização cambial impactou diretamente os rendimentos, criando uma diferença considerável. Profissionais de nível júnior em tecnologia, por exemplo, recebem em média R$ 13 mil em empresas estrangeiras, enquanto no mercado nacional esse valor gira em torno de R$ 4 mil.
Para empresas internacionais, contratar brasileiros tornou-se uma estratégia vantajosa devido à desvalorização do real. A contratação de mão de obra brasileira reduz custos, resultando em economia para as empresas estrangeiras.
A pesquisa indica um significativo desequilíbrio salarial entre brasileiros e norte-americanos que desempenham as mesmas funções, com os americanos recebendo quase o dobro do valor pago aos profissionais brasileiros.
Os Estados Unidos se destacam como o principal país contratante de brasileiros, respondendo por 85,5% das contratações.
"Uma das razões é o fuso horário. Como são fusos parecidos, acaba facilitando a colaboração dos times remotos", explicou Garay em entrevista ao jornal Valor Econômico.
A pesquisa destaca ainda a diferença salarial entre profissionais de Tecnologia no Brasil e nos EUA. A disparidade salarial, somada à valorização do dólar, configura uma realidade desafiadora para os profissionais brasileiros da área. Eduardo Garay e sua empresa de pesquisa analisaram ainda o impacto nos salários de quem recebe em dólar.
revistaoeste