
A recente viagem do Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, à Europa gerou controvérsia. Durante sua visita à Bélgica, Alemanha e Polônia, Hegseth fez declarações polêmicas sobre a Ucrânia e a OTAN, causando mal-estar entre alguns republicanos e aliados europeus.
Em Bruxelas, Hegseth afirmou que a recuperação das fronteiras ucranianas pré-2014 é irreal e que o governo Trump não vê a adesão da Ucrânia à OTAN como parte de uma solução para o conflito.
"Acho que os comentários dele foram bons ontem, e são provavelmente bons hoje também." afirmou o presidente Donald Trump, apoiando as declarações de Hegseth.
Contudo, as declarações de Hegseth não foram bem recebidas por todos. O senador republicano Roger Wicker criticou duramente o secretário:
"Não sei quem escreveu o discurso. É o tipo de coisa que Tucker Carlson escreveria, e Carlson é um tonto." disse Wicker.
Wicker, apesar de ter defendido a nomeação de Hegseth, admitiu ter gasto capital político na sua confirmação, lembrando que democratas e três republicanos votaram contra sua indicação devido a questionamentos sobre suas qualificações e opiniões.
Outros republicanos também expressaram preocupação. O congressista Mike Turner afirmou que assuntos como a filiação ucraniana à OTAN não deveriam ser debatidos publicamente por membros do gabinete. Já o congressista Don Bacon destacou a necessidade de clareza moral sobre quem iniciou a guerra.
"Há consequências em recompensar o invasor, mesmo que seu líder tenha levado mais de 700.000 de seus cidadãos ao massacre." declarou Bacon.
Trump, por sua vez, minimizou as tensões, afirmando que entraria em contato com Wicker e Hegseth para resolver quaisquer problemas.
"Roger é um grande amigo meu e, Pete é, obviamente, ele tem feito um ótimo trabalho." finalizou Trump.
A situação destaca as tensões internas no partido Republicano em relação à guerra na Ucrânia e ao papel da OTAN.
Fonte: infomoney