As bolsas de valores europeias fecharam sem direção única nesta sexta-feira (14/02/2025), reagindo a resultados corporativos e à decisão do governo americano sobre tarifas de importação.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um plano para impor tarifas recíprocas aos produtos importados, país a país, após avaliação do Departamento de Comércio. Estas tarifas devem entrar em vigor em 2 de abril.
"As novas tarifas recíprocas serão impostas individualmente, país por país, após um estudo do Departamento de Comércio, e deverão entrar em vigor no dia 2 de abril." concluiu a Casa Branca.
Apesar do anúncio, os mercados demonstraram certo alívio com a concessão de prazo para negociações, indicando uma postura menos agressiva que o inicialmente temido pelo mercado.
Na França, o setor de artigos de luxo se destacou positivamente. A Hermès, conhecida por suas bolsas Birkin, registrou aumento de 0,82% após superar expectativas de lucro e receita. Esse resultado positivo impulsionou outros grupos de luxo, como a LVMH (0,82%).
Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 0,37%, fechando a 8.732,46 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve queda de 0,57%, atingindo 22.482,50 pontos. Paris, com o CAC 40, registrou alta de 0,18%, fechando em 8.178,54 pontos.
Madri e Lisboa também apresentaram resultados distintos. O Ibex 35 de Madri subiu 0,11%, enquanto o PSI 20 de Lisboa registrou alta de 1,04%. Em Milão, o FTSE MIB marcou alta de 0,18%.
O crescimento do PIB da zona do euro no quarto trimestre de 2024 foi de 0,1%, superando a expectativa de analistas que previam estabilidade. Essa notícia, apesar de positiva, não foi suficiente para animar totalmente os mercados.
A reação mista das bolsas europeias demonstra a complexidade do cenário econômico global, com diversos fatores influenciando as cotações, incluindo resultados corporativos e a incerteza em relação às políticas comerciais internacionais. A tensão gerada pelas decisões de Donald Trump permanece, apesar do prazo para negociações, e seu impacto a longo prazo ainda é incerto.
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