A Arábia Saudita sediará a Copa do Mundo de 2034, e o país já deixou claro que o consumo de álcool será proibido durante o evento.
A confirmação veio do embaixador saudita no Reino Unido, Khalid bin Bandar Al Saud, em entrevista à rádio britânica LBC.
"No momento, não permitimos álcool. É possível se divertir bastante sem álcool. Não é 100% necessário e, se você quiser beber depois de sair, fique à vontade, mas, no momento, não temos álcool. Não, não há álcool algum. Assim como o nosso clima, é um país seco." concluiu o embaixador.
Essa proibição se deve à sharia, a lei islâmica.
Apesar da proibição de álcool, o embaixador afirmou que a Copa do Mundo será um evento aberto a todos.
"A Copa do Mundo não é um evento saudita, é um evento mundial e, em grande medida, daremos as boas-vindas a todos que quiserem vir." disse Al Saud.
No entanto, a organização não governamental Anistia Internacional (Anistia Internacional) expressou preocupações sobre possíveis violações de direitos humanos durante a Copa.
Em novembro de 2024, a Anistia Internacional alertou a FIFA sobre a escolha da Arábia Saudita como sede.
"A Arábia Saudita vai exigir um vasto número de trabalhadores migrantes para entregar essas ambições de Copa do Mundo. Mas não há garantia de reforma no sistema de trabalho, de estabelecer um salário mínimo para não cidadãos, ou de introduzir medidas para prevenir a morte de trabalhadores." alertou Steve Cockburn, chefe do setor de direitos humanos da ONG.
As preocupações da Anistia Internacional se concentram nas condições de trabalho e na falta de garantias de direitos básicos para os trabalhadores migrantes envolvidos na construção da infraestrutura para o evento.
A FIFA, Khalid bin Bandar Al Saud e o governo saudita ainda não se pronunciaram oficialmente sobre essas preocupações. A Arábia Saudita tem sido criticada internacionalmente por seu histórico de direitos humanos. O tema certamente continuará gerando debates antes da Copa do Mundo de 2034.
Fonte: revistaoeste
