O presidente Lula declarou em um vídeo recente a necessidade de um processo educacional para a população brasileira sobre os preços dos alimentos. Ele atribui o aumento de preços à falta de responsabilidade em setores da cadeia produtiva.
Segundo Lula, o povo precisa controlar os preços, e a responsabilidade recai sobre todos os elos da produção e comércio de alimentos.
"Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo." concluiu o presidente.
Em suas declarações, Lula insinuou que os preços elevados são resultado de decisões arbitrárias de produtores e comerciantes, afirmando que "ninguém pode explorar ninguém".
Para combater a alta de preços, Lula propôs uma solução simples: não comprar produtos considerados caros. Em suas palavras, o consumidor deve optar por alternativas, comprar no dia seguinte ou buscar similares mais baratos.
"Eu não posso comprar aquilo que eu acho que está sendo exagerado o preço. Eu compro amanhã, eu compro outra coisa, eu compro similar." disse Lula.
A estratégia do presidente sugere que a pressão da demanda pode forçar os comerciantes a baixar os preços. Lula acredita que se todos os consumidores agirem dessa forma, os vendedores serão obrigados a reduzir os valores para evitar perdas com produtos deterioráveis.
"Se você vai ao supermercado em Salvador e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque senão vai estragar." declarou o presidente.
A inflação de alimentos continua preocupando, mesmo com a inflação geral, medida pelo IPCA, tendo acumulado 4,83% de alta em 2024, segundo o IBGE. O subgrupo de alimentação em domicílio apresentou um aumento ainda maior, de 8,23% no mesmo período. A tendência é preocupante.
Em janeiro de 2025, o IPCA-15 registrou alta de 0,11%, com os alimentos e bebidas como principais responsáveis pelo aumento (1,06%). O subgrupo da alimentação em domicílio subiu 1,10%, impulsionado pelo encarecimento de produtos como tomate (17,12%) e café moído (7,07%).
Em resumo, o presidente Lula atribui a alta dos preços dos alimentos à falta de responsabilidade na cadeia produtiva e propõe uma solução baseada na conscientização e ação do consumidor, sugerindo o boicote a produtos considerados caros.
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