A Petrobras divulgou resultados referentes a 2024, mostrando uma queda de 3% nas vendas totais, em linha com a produção de petróleo e gás natural, que atingiu 2,698 milhões de barris de óleo equivalente por dia.
Segundo a XP Investimentos, a redução na produção era esperada, com base em dados da ANP. A XP prevê um Ebitda de cerca de US$ 10,5 bilhões, uma queda de 10% no trimestre e 30% no ano, devido à menor produção, preço do Brent menor (US$ 74,7) e preços de derivados menores em dólares pela depreciação do real.
Com o menor Ebitda, a XP projeta um lucro líquido de US$ 800 milhões, impactado por perdas cambiais. Analistas projetam dividendos ordinários de cerca de US$ 3 bilhões, rendendo aproximadamente 3,4% trimestralmente.
"Na parte operacional, a produção foi um tanto quanto fraca em 2024, mas há razões sólidas para esperar crescimento em breve."
pontua o BTG Pactual, que mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 58.
O Itaú BBA prevê resultados razoáveis, apesar dos preços mais baixos do petróleo e volumes menores no quarto trimestre de 2024, focando na execução de investimentos (CAPEX) e dividendos. O banco estima um CAPEX de US$ 3,3 bilhões, um Ebitda de US$ 10 bilhões e dividendos ordinários de US$ 2,6 bilhões (rendimento de 3,2%), mantendo a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 49.
O JPMorgan destaca um aumento de 9,1% na venda de gasolina no trimestre, mas vendas de diesel 6,2% abaixo do esperado. O banco mantém recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 49,50.
O Bradesco BBI atribui a queda na produção a paradas de manutenção, projetando um Ebitda de US$ 10 bilhões a US$ 10,5 bilhões, lucro líquido entre US$ 2 bilhões e US$ 2,5 bilhões, e pagamento de dividendos de cerca de US$ 2 bilhões para o quarto trimestre de 2024, mantendo recomendação de compra e preço-alvo de R$ 53.
O Morgan Stanley projeta pagamento de dividendos de R$ 1,10 por ação (US$ 0,38 por ADR), um rendimento de 2,6%, e FCF de US$ 4,9 bilhões antes e US$ 3 bilhões após arrendamentos, reiterando recomendação de compra e preço-alvo de US$ 19,50 por ADR.
O UBS BB reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 51 para as ações da Petrobras.
Diversos analistas, como os do BTG Pactual, destacam a expectativa de crescimento da produção da Petrobras em breve. As projeções de dividendos variam entre as instituições, refletindo diferentes análises e cenários. A Petrobras se mantém como um tema central para investidores, com os analistas monitorando de perto os resultados e a execução dos planos da empresa.
Fonte: Infomoney
