O Amazonas enfrenta uma das mais graves estiagens de sua história, afetando diretamente a vida da população e o transporte fluvial no Estado. O rio Negro, por exemplo, atingiu o nível mais baixo já registrado, com apenas 12,66 metros de profundidade. A situação crítica foi abordada pelo deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta quarta-feira (9/10), onde alertou a redução drástica de 80% no volume de cargas transportadas por vias fluviais.
O cenário atual da vazante nos rios da região impõe riscos significativos à navegação. Como resultado, as embarcações são forçadas a operar com cargas consideravelmente reduzidas, o que eleva os custos das operações e dificulta ainda mais a distribuição de produtos para a capital e áreas remotas. Essa situação compromete não apenas a logística, mas também o abastecimento de insumos essenciais, aumentando a vulnerabilidade das comunidades que dependem desse transporte.
Wilker Barreto é um dos poucos parlamentares que alertou com antecedência a grave crise da seca no Amazonas e reivindicou ações preventivas. Na tribuna, Barreto voltou a criticar a falta de medidas efetivas de enfrentamento e a ausência do Plano de Ação da Defesa Civil, que deveria mitigar os efeitos da estiagem. Ele também pediu, mais uma vez, a convocação do secretário de Defesa Civil para prestar esclarecimentos sobre a ausência de ações concretas.
"A seca ainda machuca e machuca muito o nosso povo do interior. Até hoje, o Plano de Ação da Defesa Civil não chegou ao Parlamento Estadual, porque não tem mesmo. A situação é dramática. Então, por isso, estou novamente pedindo a volta da convocação do secretário de Defesa Civil para vir a esta Casa prestar os devidos esclarecimentos", enfatizou.
Por fim, Wilker Barreto anunciou que denunciará a omissão da Defesa Civil junto ao Ministério Público, destacando que a população do interior está sofrendo com sede e fome, em uma catástrofe anunciada com um ano de antecedência.
"Estou hoje em função dessa ausência, denunciando a omissão junto ao Ministério Público por parte da Defesa Civil do Amazonas. Nosso povo passa sede, fome de uma catástrofe anunciada com um ano de antecedência e nada foi feito", finalizou.
Fonte: Portal da Aleam