
Neste tema da semana, quero refletir com você sobre o Poder nas relações sociais e as consequências que a desordem proporciona na vida cotidiana. As relações entre os seres humanos acontecem com foco no poder e esta é uma realidade desde o início da humanidade. O Poder pode ser territorial, econômico, militar, político, social, religioso, entre outros.
O Estado, como ordem política da sociedade, é detentor de poder sobre a sociedade, e assim busca manter o controle garantindo a ordem pública para que todos, de forma igualitária, vivam com o que está garantido na Constituição Federal. Direitos e deveres devem regular o ritmo da vida das pessoas.
O que acontece quando todas as esferas de poder falham? Um efeito dominó de fraqueza e desordem, que fortalecem o "poder paralelo" na sociedade. É neste aspecto que as forças obscuras do mal se fortalecem e constroem seu império baseado no medo, na violência, na destruição da inocência das crianças, normalizando o crime organizado.
O Estado Paralelo é uma entidade que opera de forma colateral ao Estado Oficial, assumindo atribuições que deveriam ser exclusivas do Estado, à margem da legalidade e da tutela governamental.
No parlamento, tenho arvorado a bandeira do Sistema Único de Segurança pública – SUSP, Lei nº 13.675 que desde 2018 está disponível para que seja implantada nas cidades brasileiras como uma ferramenta efetiva fortalecendo a defesa social e assim, combatendo a violência.
Recentemente em uma agenda com prefeitos, vereadores, secretários de segurança estadual e os municipais, reforcei a urgência em efetivar o Susp nas cidades do Amazonas. Os relatos dos presentes na reunião demonstraram a situação tenebrosa na capital e cidades do interior.
O "poder paralelo" nasce e se fortalece quando há o abandono da presença do Estado, pela omissão e, inclusive pela preguiça em fazer o que é certo. Dessa forma a corrupção tira dos mais pobres a oportunidade de uma vida melhor.
O Estado fortalecido com políticas públicas eficientes, com a presença constante, mesmo em regiões remotas do Amazonas, logo enfraquecerá o estado paralelo. Aqui a conta sempre será inversamente proporcional, bem e mal não convivem no mesmo ambiente.
Os entes federativos precisam ocupar seus espaços, desenvolvendo seus papéis e suas atribuições com uma política inovadora e integrada, sem dar espaço para a criminalidade. Acredito que ainda podemos reverter a situação do caos e retomar as rédeas deste país. O estado com suas forças de polícia, com o trabalho das secretarias poderá valorizar o cidadão de bem, mantendo a liberdade em uma pátria livre.
No final da agenda técnica, percebi um despertar sobre o a implantação do Susp. Para mim, que conheço a fundo todo arcabouço do que preconiza a lei federal, sei que se assim fizermos, logo teremos o Amazonas mais seguro. Em 2017 tive a grata satisfação de vivenciar a implantação do SUSP no município de Presidente Figueiredo. Conseguimos planejar, integrar, reordenar as ações municipais para construirmos uma cidade digna de viver. Os indicadores de violência foram reduzidos e alguns zerados.
Quando a palavra se torna em ação sabemos que estamos no caminho certo da verdade e compromisso com as pessoas. Sigamos firmes no nosso propósito de cumprir nossa missão aqui na terra.
Com fé em Deus e foco na missão, por um Amazonas Melhor!
Dê play na versão audiovisual:
Dan Câmara é Deputado Estadual, Presidente da Comissão de Segurança Pública, Justiça e Defesa Social na ALEAM, Presidente da Comissão de Justiça e Segurança Pública da UNALE, Cofundador da Força Nacional de Segurança especialista em Planejamento Estratégico, Presidente de honra do Clube militar dos veteranos.