Um velho sábio e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O velho sábio correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o escorpião o picou; e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.
Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião com o ramo e o salvou. Ao juntar-se aos seus discípulos na estrada, um destes, perplexo e penalizado, lhe perguntou:
"Mestre, deve estar doendo muito! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!"
O velho sábio ouviu tranquilamente os comentários e respondeu: "Ele agiu conforme sua natureza, e eu, de acordo com a minha."
Esta parábola nos faz refletir a melhor forma de compreender e aceitar as pessoas com quem nos relacionamos. Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro, mas podemos melhorar nossas próprias reações e atitudes, sabendo que cada um só dá o que tem e faz o que pode.
Devemos fazer a nossa parte com muito amor e respeito ao próximo. Cada qual deve guardar o seu coração do mal e agir conforme sua própria natureza, e não conforme as inclinacões do outro. E assim, as fontes da vida brotam de quem guarda o coração em ser fiel a si mesmo(a), em manter a paz e se tornar bênçãos aos que precisam de sua ajuda.
Lembre-se: você nasceu e foi destinado(a) por Deus para ser uma bênção para todos os que cruzarem o seu caminho, não somente os bons. Não se permita, pois, a viver abaixo desse padrão. "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o seu coração e a sua mente em Cristo Jesus." (Fp 4.7)
Amém!
Pr. Benjamin de Souza
São Luís, 25. 07.2024